FERNANDO PERDIGÃO – UM DRAGÃO DO DESPORTIVO
05/12/2011
Do sítio Moçambique para Todos, reproduz-se o seguinte texto, actualizado por mim:
Fernando Júlio Perdigão, grande jogador do Futebol Clube do Porto dos anos 50 / 60, nascido em Lourenço Marques em 1930.
Fernando Perdigão começou a sua carreira de jogador de futebol no Grupo Desportivo Lourenço Marques, tendo sido contratado mais tarde para jogar no Futebol Clube do Porto nos anos 50 do século XX.
O que se passava no Porto nessa altura? foi uma era dourada, segundo comentário do sítio Lôngara:
“Houvera luz do dia para nós em meados da década de cinquenta, a meio do século XX. Ano em que a equipa de futebol principal do Futebol Clube do Porto integrava, com maior utilização, o guarda-redes Frederico Barrigana, famoso “mãos de ferro”, o defesa Virgílio Mendes, o Leão de Génova e durante muitos anos recordista português de internacionalizações na Selecção A (em tempo de escassos jogos disputados, a nível de Selecções), mais Miguel Arcanjo, Vale, Carvalho, Porcel, Albasini, Eleutério, Henrique Monteiro da Costa, José Maria, António Teixeira, o famoso Hernâni Silva, Carlos Duarte, Fernando Perdigão e José Pedroto; como também Osvaldo Cambalacho, Dell Pinto, Sarmento, Vieira e Romeu. Estava então como Presidente do F. C. Porto o Dr. José Carvalho Moreira de Sousa, em 1954. Ano que, tomando o exemplo do vinho do Porto da colheita desse período, foi “vintage”.
O FC Porto foi campeão Nacional na época 1955-1956 depois de 14 anos sem ganhar o título.
Em 27 de Maio de 1956, ao ganhar a Taça de Portugal no estádio do Jamor derrotando o Torreense por 2-0, o Futebol Clube do Porto pela primeira vez na sua história ganha a sua primeira “dobradinha”.
E Fernando Perdigão estava lá.
Após vencer novamente o título do Campeonato Nacional da 1ª divisão na época 1958-1959, passariam 19 anos antes que o clube portuense vencesse novamente um campeonato nacional.
Perdigão representou Portugal na selecção nacional uma vez, em 16 de Janeiro de 1957.
No final da década de 1960, Fernando Perdigão regressou ao clube que o viu nascer em Moçambique, onde ainda jogou alguns anos, terminando a sua carreira desportiva como jogador – treinador do Clube Desportivo Indo-Português, da mesma cidade.
No sítio Roger Tutinegra, de Rogério Carreira, o jogador Abdul Hamide (nascido em 4 de Abril de 1948) Águia de Bronze do Desportivo e com uma distinta carreira, menciona que teve Perdigão como treinador. Refere Abdul Hamide: “em 1964 ascendi a equipa de Juniores do Desportivo e tive como Treinador o Fernando Perdigão (que foi jogador do Futebol Clube do Porto). Fomos Campeões Distritais em 1964 e 1965. Neste ano realizaou-se o primeiro Campeoanto Provincial de Juniores na Beira e fomos derrotados na final pelo Sporting da Beira (do Manaca Dias). Nesse ano despontaram três jogadores: Néne, Hamide e Manaca Dias, que foram cobiçados por clubes de Portugal. Néne foi para Académica e mais tarde para o Benfica, o Manaca foi para o Sporting . Por razões familiares Hamide (que tambem iria para Académica) ficou em terra.”
Em 1967 Fernando Perdigão ingressou no banco BCCI, um dos bancos emergentes e dos mais dinâmicos em Moçambique antes da Independência, cuja sede, construída de raiz no princípio dos anos 70, é hoje a sede do banco Millennium Bim em Maputo, junto ao mercado central, e onde pontuaram grandes nomes como Óscar Bessa Gomes.
Depois do 25 de Abril de 1974, Perdigão veio para Portugal, tendo fixado residência na cidade de Aveiro. Ali faleceu em 16 de Fevereiro de 2007, com 77 anos.
Nos anos em que jogou no Futebol Clube do Porto, a equipa foi orientada pelos treinadores Yustrich (1956) e Bela Gutman (1959).
Segundo alguns, possivelmente fanáticos do clube, a equipa do FC Porto terá porventura sido a melhor equipa de futebol profissional portuguesa a jogar nos campos entre 1955 e 1960.
Esta nota é dedicada à filha de Fernando Perdigão, Teresa Perdigão, a quem agradeço ter referido seu pai, que veio de Moçambique, e que mencionou que um dos seus ídolos fora o incomparável jogador Matateu.
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