O CHINGALE impôs domingo, no relvado do Desportivo de Tete, um empate à HCB do Songo, que até aos 92 minutos do jogo vencia a tangente.
A turma do planalto de Songo, que vinha com a lição bem estudada, entrou a pressionar a zona mais recuada do Chingale, com um meio-campo muito frágil, o que permitiu a turma visitante executar os seus lances com maior perfeição, criando calafrios à defesa do Chingale.
O Chingale tentou remar contra a maré, mas, na hora da verdade, os seus jogadores perdiam o norte, com atrasos frequentes na recuperação dos lances aliados a maus passes, facto que permitiu à HCB agigantar-se com ataques constantes junto à baliza contrária.
O Chingale foi reagindo em contra-ataque e como a pressão do adversário era muito forte, o golo não tardou a aparecer. Foi mesmo numa jogada de contra-ataque que a HCB, depois de recuperar a bola no seu meio-campo, saiu a jogar e, no enfiamento da grande área, Andro cruzou muito fraco para a área, onde surge Marufo a rematar para o fundo da baliza a guarda de Zacarias. Decorriam os primeiros 15 minutos da partida.
O Chingale foi crescendo e tentando, na medida do possível, conter a velocidade do adversário e, aos poucos, foi tapando os furos, apesar da descoordenação total por parte dos defensores do Chingale, sobretudo o “central” Matofe, que foi um autêntico buraco.
Foi assim que terminou a primeira parte com uma HCB a vencer por uma bola sem resposta. A HCB não conseguiu elevar o “score” devido à ingenuidade dos seus atacantes.
O Chingale veio da segunda parte com uma outra postura, depois de um puxão de orelhas de Mussá Osman, novo treinador dos “canarinhos”. Entrou com uma nova determinação, mas não conseguia encontrar uma porta de entrada à baliza da HCB, que se fechou por completo na tentativa de gerir o resultado. Foi uma cena de simulações de lesões, bola para fora, entre outros sistemas de queimar o tempo.
O Chingale esforçou-se, mas não encontrava caminhos para o golo. Só no tempo de compensação (93 minutos) surgiu o alívio numa jogada confusa dentro da pequena área, com a bola a sobrar para Alone, que acabava de entrar, que sem piedade atirou a visar para muita festa “canarinha”.
A equipa de arbitragem, liderada por Mateus Infante, auxiliado por Estrela Gonçalves e Félix Maugente, realizou um bom trabalho. Ribeiro Manuel foi o quarto árbitro.
FICHA TÉCNICA
CHINGALE - Zacarias; Jonas, Matofe, (Gabito), Fred e Maurício; Manecas, Jocas (Haji), Aurito (Alone) e Zé, Paulo e Magaba
HCB - Chico; Gervásio, Mambucho, Mucuapele e Antoninho; Marufo, (Elidio), Henry, Andro e Fabrice, Amílcar (Charley) e Zuma I (Dangalira)
ACÇÃO DISCIPLINAR - “Amarelos” para Fabrice e Henry, da HCB; e Matofe do Chingale
Fonte:Jornal Noticias
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