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Menos barulho este ano

15/12/2011


Para o presidente da LMF, o ano foi mais tranquilo que o anterior. “E vimos, com algum agrado, o facto deste ano ter havido menos barulho. Mesmo as greves que foram publicitadas, constatámos, depois de termos sentado com as direcções dos clubes, que não eram tão graves. Havia um certo exagero. É verdade que havia salários atrasados de um mês, mas acho que não é por atrasos de ordenados de um ou dois meses que os atletas devem entrar em greve.


Porque se olharmos para a realidade do nosso país, veremos que há empresas que não pagam salários há anos. Portanto, eu acho, com todo respeito, que os atletas devem assumir-se como cidadãos servidores da Nação e que estão no processo de formação como homens. Devem enfrentar o mundo real e não podem pensar que só por jogar a bola são diferentes de outros moçambicanos. É verdade que temos cultura, formas de estar, trabalho ou profissão diferentes. Enfim, tudo isso respeitamos. Mas penso, nalgum momento, que houve exagero. Não sei se foi por desconhecimento ou falta de preparação dos próprios atletas, se calhar tenha havido uma força exterior que quisesse desestabilizar os próprios clubes. Tudo é possível, isto é um jogo, há pessoas que vivem desestabilizando um e outro clube e vão tirando vantagens disso. Mas não é o desejado. O desporto, em particular o futebol, deve guiar-se pelo “fair-play”. Não podemos passar a vida a falar de greves, porque algumas nem têm razão de existir. Ficou provado que o futebol, apesar das dificuldades que o país enfrenta, sempre é um fenómeno que gera dinheiro. Não há clubes que estão a dever ou ficam a dever indefinidamente ou de forma indeterminada os seus atletas. Eles, por fim irão buscar dinheiro, por isso ainda é sustentável fazer o futebol neste país, naquela nossa medida e tamanho. Não temos capacidade de investir muito, porque as próprias empresas não dão muito.


Eu acho que temos que acreditar nos nossos projectos, de uma forma séria e responsável porque, pelo contrário, vamos ter problemas. Quando o atleta não vai treinar é o primeiro a prejudicar-se, porque vai baixar de rendimento. Tenho a convicção de que o jogador do Moçambola ganha três vezes mais que o salário mínimo deste país e tem prémios de jogos
”.

Simango, a dado momento da entrevista, apelou para que todos tenham sacrifício, principalmente neste momento em que o mundo está em crise e o país também.

Gostaria que daqui para frente os atletas e técnicos de futebol fossem de facto homens de futebol e aceitassem alguns sacrifícios. Já tivemos tempos mais difíceis neste país e, apesar disso, tivemos bons jogadores. As condições que os jogadores de hoje têm são muito melhores que os de ontem.


Estes tinham disciplina. O homem de futebol de hoje deve ter capacidade de gestão da mente, do comportamento e da ética desportiva. A responsabilidade deve ser partilhada entre os jogadores e a direcção, ou seja os atletas devem assumir o seu compromisso que é jogar e os dirigentes procurar, por sua vez, dinheiro para pagar os atletas, senão não… o futebol é uma responsabilidade colectiva, por isso vamos trabalhar colectivamente
”.
Próximo ano será diferente



PARA Alberto Simango Júnior o próximo ano será ainda melhor. “Em relação ao próximo ano, a nossa perspectiva é muito forte. Vamos continuar a atacar o mercado à procura de mais soluções e envolvimento de outras empresas para que cumpramos com os nossos planos. Estamos no processo de elaboração do orçamento para 2012. Temos um caso especial que é a entrada do Clube de Chibuto.


O nosso objectivo era garantir a deslocação dos clubes via aérea para Vilankulo. Este ano não conseguimos, não por nossa vontade, mas sim porque a companhia aérea ficou sem meios para o fazer.

Esperamos que no próximo ano se encontre uma solução, porque se isso não acontecer teremos que fazer quatro troços via terrestre, porque temos também o Incomáti e a vila de Songo. Portanto, vamos começar a trabalhar a todo gás em Janeiro a fim de conseguir materializar o nosso sonho, que é fazer uma época diferente, se calhar a mais brilhante. Mas isso vai depender do nosso esforço e do apoio de parceiros e do Governo
”.





Queremos árbitros responsáveis, imparciais…





OS árbitros têm sido uma dor-de-cabeça a cada ano que passa. Alguns cometem erros por ignorância, mas outros o fazem conscientemente. A-propósito, Simango defende que os árbitros têm que ser responsáveis, imparciais e, acima de tudo, com “fair-play”.

Olhando para aquilo que foi a época passada, pode-se dizer que este ano houve melhorias. Se me perguntasse porque vocês não aceitaram em ficar com a Comissão Nacional de Árbitros, eu responderia que o problema não é quem deve ficar com a comissão, mas sim ter árbitros à altura do nosso campeonato, capazes de desempenhar o seu papel eficientemente, com responsabilidade, brio e profissionalismo. São estes árbitros que pretendemos, não interessa de onde vierem, se forem os melhores vamos buscá-los onde estiverem. Queremos árbitros profissionais, que assumam o seu papel de serem juízes responsáveis, imparciais, com “fair-play” e que respeitam as regras de jogo.

No entanto, esta discussão sobre onde devem ficar é a posterior. O mais importante é que o árbitro deve assumir o seu papel. O árbitro deve ter essa dignidade. O que nós lamentamos no passado é que este discurso não era bem entendido. Pensava-se que a direcção da Liga Moçambicana queria ficar com os árbitros.

Nós não estamos preocupados em ficar com os árbitros, mas sim com boas arbitragens. E parece que agora falamos a mesma linguagem, porque há casos de árbitros que já foram punidos. Portanto, que tem havido problemas é verdade. O que queremos é que sejam corrigidos e punidos os autores.

Nós sabemos que os nossos árbitros são tecnicamente bons, mas nalgum momento perdem-se e quando isso se repete muitas vezes, preocupa-nos bastante. Não foi o que aconteceu este ano, houve casos que não são de grande relevo e a Comissão de Arbitragem agiu atempadamente.

É o que queremos, que os árbitros assumam o seu papel para credibilizar o nosso futebol e que não fabriquem os resultados, mas que defendam o espectáculo. O árbitro deve ser um defensor de futebol e não um agente para “matar” o futebol. O árbitro deve respeitar os espectadores, que estão no campo e em casa a ver o espectáculo de futebol.
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