Moçambola continua boa marca

O MOÇAMBOLA continua uma boa marca, um bom produto, onde a luta é equilibrada. Mesmo as equipas despromovidas tiveram o mérito e é claro que num campeonato destes uns descem e outros permanecem. E é nesse sentido que alguns desceram, mas não vimos uma grande diferença entre os grandes e os pequenos, defende Alberto Simango Júnior, presidente da Liga Moçambicana de Futebol, no momento do balanço do Moçambola.



“Pode ter havido, se calhar, diferença em termos de estrutura e composição de plantéis, mas quanto ao cumprimento das normas e a própria participação dos clubes nós sentimos que se bateram de igual para igual. Por isso, em termos de competitividade vimos no início um Desportivo galvanizado e depois apareceu o Maxaquene a comandar com uma boa margem de diferença no segundo terço do campeonato.

Mas depois o cenário mudou, aliás o campeonato é isto e é o que traz a emoção e é o reflexo daquilo que é o Moçambola. Portanto, eu acho que saímos a ganhar e concretizados, tanto em termos de aderência aos campos, como da euforia das claques e dos adeptos. A própria Liga Muçulmana vai ganhando adeptos a cada ano que passa, pois uma equipa que se torna campeã vai consequentemente conquistando o público.


E é este o interesse que o futebol traz, porque consegue mobilizar as pessoas. Eu penso que neste sentido estamos no bom caminho e vamos continuar a trabalhar. É verdade que temos algumas carências de ponto de vista estrutural, mesmo ao nível da própria Liga Moçambicana de Futebol (LMF).


E como se trata de uma Liga de Clubes, existem os que têm mais e menos capacidade financeira. Portanto, tudo é em função do mercado. É preciso assumirmos cada vez mais que o futebol já não vive de quotas de sócios, tudo já mudou. A vida de hoje é outra. É preciso conquistar parcerias e fazer algumas engenharias financeiras para podermos defender os nossos interesses.


O futuro do futebol depende muito dessas parcerias que existem em todo o mundo, sobretudo as empresas gostam de se associar ao movimento desportivo, as grandes marcas ou emblemas. Mas também é preciso, para merecer esses apoios, que o nível das competições esteja no topo, pois ninguém quer apadrinhar uma equipa que sempre fica em último lugar. Uma equipa que luta, que é campeã, é evidente que tem mais possibilidades de conquistar parceiros ou patrocínios”.